sábado, outubro 22

Por uma vida sem agrotóxicos estudantes criam biofertilizante e bioinseticida



Promover a sustentabilidade no campo e transformar a realidade do local onde estão inseridos. Esse foi o ideal que levou os alunos Jocélio Gomes Piekarzewicz e Rute Melo de Souza, do 3º ano do Ensino Médio da Escola Municipal Minuano, em Terra Nova do Norte, a realizarem a experiência que atingiu a pontuação máxima na V Mostra de Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso. Com o projeto “A utilização de biofertilizante a partir do húmus da minhoca associado a repelentes naturais”, os estudantes comprovaram que é possível substituir o adubo químico pelo orgânico e ainda eliminar as lagartas que atacam as plantações de couve. O experimento consiste na junção do fertilizante líquido do húmus da minhoca africana com um bioinseticida feito com calda de fumo, pimenta, alho e álcool.
Eles contam que na análise da experiência foi constatado que os produtos agem de forma lenta, porém, eficiente no crescimento e desenvolvimento da couve. O uso do biofertilizante e da calda bioinseticida foi testado na horta escolar com ótimos resultados no cultivo da espécie pesquisada. O sucesso da experiência chamou a atenção de proprietários rurais do município que já começam a utilizar o experimento em pequenas propriedades.

Rute lembra que o projeto teve origem no minhocário, criado na escola em 2010 com o objetivo de produzir biofertilizante para substituir o adubo químico pelo orgânico na produção das verduras e legumes cultivados na horta. A experiência deu certo, mas as plantações ainda sofriam o ataque de insetos. Diante do quadro, ela e o colega partiram então para o desafio de substituir também o inseticida químico pelo orgânico. A couve foi escolhida para a experiência porque era a cultura mais atingida pelos invasores.

Com o projeto concluído e premiado os estudantes pretendem agora registrar a patente da experiência e ampliar o uso do produto na comunidade rural. Usando ferramentas simples e produtos de baixo custo, inofensivos ao meio ambiente, eles tem expectativa que a experiência seja adotada em larga escala e contribua para reverter as práticas agrícolas nocivas ao meio ambiente.

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